quarta-feira, 29 de abril de 2020

3º Médio A e B - Língua Portuguesa - Atividades 01 e 02


3º Médio A e B - Língua Portuguesa - Atividades 01 e 02

As atividades podem ser realizadas em um arquivo de texto como no word ou no caderno (pode ser fotografada de uma forma legível) e enviar o arquivo ou imagem no link no final da atividade.
Se a imagem não estiver legível (não for possível ler) não será realizada a correção.

Atividade 01

Obs.: Os estudantes do 3º ano A que realizaram a atividade 01 em sala de aula, não precisam realizar novamente.

Texto 01 - para responder a Questão A

Cálice     
Chico Buarque

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga?
Tragar a dor, engolir a labuta?
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça

"Cálice" é uma canção escrita e originalmente interpretada pelos compositores brasileiros Chico Buarque e Gilberto Gil em 1973, mas foi lançada somente em 1978. Censurada pela ditadura militar, a canção foi liberada cinco anos depois e apareceu pela primeira vez no álbum Chico Buarque, tendo Milton Nascimento nos versos de Gil, e em seguida no álbum Álibi de Maria Bethânia.

Antes de responder a questão você pode ver no link a baixo a apresentação da Música:
https://www.youtube.com/watch?v=RzlniinsBeY


Questão A

A partir do texto (música) e demais informações, realize  uma análise apresentando o que o Eu-lírico (a voz do poema) transmite na mensagem. Relacionar o contexto da época, é fundamental para entender  o que o texto se refere. Sua interpretação precisa se basear em elementos do texto.
Não há uma resposta fechada, toda afirmação que for apresentada, precisa ser justificada dentro do texto e fazer sentido com a música toda.

(Texto 2 e 3 para responder a Questão B.)

Texto 2

Se Eu Morresse Amanhã
Álvares de Azevedo

Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã,
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda ti natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!

Álvares de Azevedo nasceu em 12 Setembro 1831 (São Paulo, Brasil). Morreu em 25 Abril 1852 (Rio de Janeiro, Brasil). Teve tuberculose pulmonar e faleceu em 25 de abril de 1852. Durante o enterro, seu poema “Se Eu Morresse Amanhã!” foi lido por Joaquim Manoel de Macedo, escritor de “A Moreninha”.


Texto 3

ERRO (1864)

Erro é teu. Amei-te um dia
Com esse amor passageiro
Que nasce na fantasia
E não chega ao coração;
Nem foi amor, foi apenas
Uma ligeira impressão;
Um querer indiferente,
Em tua presença vivo,

Morto se estavas ausente.
E se ora me vês esquivo,
Se, como outrora, não vês
Meus incensos de poeta
Ir eu queimar a teus pés,
É que, — como obra de um dia,
Passou-me essa fantasia.

Para eu amar-te devias
Outra ser e não como eras.
Tuas frívolas quimeras,
Teu vão amor de ti mesma,
Essa pendula gelada
Que chamavas coração,
Eram bem fracos liames
Para que a alma enamorada
Me conseguissem prender;
Foram baldados tentames,
Saiu contra ti o azar,
E embora pouca, perdeste
A gloria de me arrastar
Ao teu carro... Vãs quimeras!
Para eu amar-te devias
Outra ser e não como eras...


Questão B

Qual estilo literário (escola literária ou estilo de época) pertence cada poema? Identifique as características deste estilo literário apresentando os elementos a partir dos textos que são características do estilo elencado.





Atividade 02


Produção Textual

A partir das aulas referente à Produção Textual, da pesquisa realizada sobre o Movimento Feminista e do parágrafo argumentativo entregue em aula. Amplie suas ideias e realize um Texto argumentativo/ dissertativo, com introdução, desenvolvimento e conclusão.

Sobre o Tema: O que é ser uma Mulher e Negra no Brasil.

Antes de escrever é preciso relembrar o que discutimos, pesquisar sobre o assunto proposto, pois, para produzir um bom texto, temos que ter bons argumentos e não escrever sobre o que você acha. Devemos se basear em dados, bons argumentos.

Se ainda quiser relembrar de como escrever um texto argumentativo, podem reler o Capitulo 01 Leitura e Produção de Texto, página 294 do livro didático "Dissertação Argumentativa".

O texto deverá ter no máximo 30 linhas e no mínimo 20.


3º A - Link para enviar as respostas, postar em arquivo de texto, imagem etc.




3º B - Link para enviar as respostas, postar em arquivo de texto, imagem etc.


Nenhum comentário:

Postar um comentário