As atividades podem ser realizadas em um arquivo de texto
como no word ou no caderno (pode ser
fotografada de uma forma legível) e enviar o arquivo ou imagem no link no final
da atividade.
Se a imagem não estiver legível (não for possível ler)
não será realizada a correção.
Para realização das
atividades, você poderá consultar o livros didático nas páginas de 10 a 19 para
relembrar alguns elementos básicos e responder as atividades.
(Texto A - para responder as
atividades 01 e 02)
Texto A:
Cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga?
Tragar a dor, engolir a labuta?
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Tragar a dor, engolir a labuta?
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não
seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça
"Cálice" é uma canção escrita e originalmente
interpretada pelos compositores brasileiros Chico Buarque e Gilberto Gil em
1973, mas foi lançada somente em 1978. Censurada pela ditadura militar, a
canção foi liberada cinco anos depois e apareceu pela primeira vez no álbum
Chico Buarque, tendo Milton Nascimento nos versos de Gil, e em seguida no álbum
Álibi de Maria Bethânia.
Antes de responder a questão você pode ver no link a
baixo a apresentação da Música:
Atividade 01
Em sala de aula, discutimos
sobre a diferença do texto Literário e Não Literário (Conotativo ou Denotativo)
ou ainda Sentido Literário e Sentido Real. Também refletimos sobre os diferentes
tipos de textos. Então, analisando a Música Cálice
é um texto Literário ou Não Literário? Justifique sua respostas
apresentando elementos do texto.
Não há uma resposta fechada,
toda afirmação que for apresentada, precisa ser justificada dentro do texto e
fazer sentido com a música toda.
Atividade 02
Com
relação o sentido do texto e considerando o contexto da época de produção,
escreva sobre qual é a mensagem que a música transmite.
Dica:
Leia o texto no mínimo três vezes e reflita antes de escrever sobre o seu
significado.
(Textos B e C - para responder as atividades 03)
Texto
B:
LUXO - A poesia foi escrita
pelo poeta modernista Augusto de Campos
Texto
C:
Breve reflexão acerca
do consumismo e a produção de lixo
Autora: Roseli Bregantin Barbosa
Nos dias atuais o ser humano vem
sendo assolado pelo consumismo! Mas o que vem a ser consumismo? Qual o papel do
consumidor no mercado? E o que isso tem a ver com o problema da produção de
lixo e a sua destinação? A quem compete resolver o problema? O ser humano, mais
do que qualquer outro ser vivo na face da Terra, tem necessidades que precisam
ser satisfeitas diariamente, alimentar, hidratar, vestir, morar, educar,
transportar, comunicar, divertir etc. Mas além dessas necessidades básicas tem
outras advindas da cultura de cada povo. Na cultura ocidental, por exemplo, os
bebês são tratados como reis, todas as atenções de todos os seres humanos a sua
volta lhe reafirmam o quanto é belo, inteligente e gracioso! De acordo com a psicanálise,
essa forma de educação tem suas consequências na vida adulta, pois, com o
crescimento o indivíduo perde o “trono” e passa a ser tratado como mais uma
pessoa entre tantas.
O produto comprado, jamais irá
satisfazer sua “necessidade”, sendo trocado por outro com promessa mais
convincente, e por outro e mais outros. Induzindo, assim, o indivíduo a ser um
consumidor irracional, levado pela emoção da necessidade artificial criada pelo
mercado. Isso é o consumismo. A necessidade artificial de consumir cada vez
mais! Os produtos são desenvolvidos com o intuito de criar e satisfazer
necessidades do consumidor. Dessa forma, consumismo produção de lixo o alvo do
mercado é o consumidor. Sem consumidor não existe mercado! Em tempos de
globalização política e econômica, tudo é reduzido a produto: animal, vegetal,
intelectual, industrial, ideológico, psicológico, educacional, religioso etc. O
poder político, sobrevivente aristotélico, com a globalização perdeu muito de
sua força, abrindo espaço para o mercado. Os próprios representantes públicos,
muitos deles, foram reduzidos a produtos publicitários. Mas, o crescimento não
apaga da mente da pessoa o seu reinado perdido, e ela passa o resto de sua vida
tentando reconquistar o prestígio que tinha quando era apenas um bebê. Ciente
dessa “necessidade” do ser humano, o mercado busca forjar esse prestígio,
dizendo ao consumidor aquilo que ele deseja ouvir, e cobra caro por isso.
Levando-o a acreditar que se ele comprar este ou aquele produto estará
recuperando o seu reinado e passando à condição de alguém muito especial. Sem
perceber o indivíduo passa a pensar que o que precisa é o produto e não se dá
conta de que o que está buscando é o prestígio.
Assim, o cidadão se vê perdido, sem
saber em quem ou no que acreditar. Pois nem mesmo consegue saber, ao certo,
quem é a pessoa em quem depositou seu voto, se ela é real ou uma criação da
mídia. Muito menos qual a sua ideologia. Assim, o voto se torna mais uma
atitude de consumo irracional. Diante desse panorama, nota-se que o poder se
encontra concentrado no mercado, e que o protagonista do mercado é o
consumidor, cabendo a ele dizer o que deseja consumir. Ocorre que o consumidor
não desempenha seu papel adequadamente, pois sequer tem consciência do poder
que possui, sendo constantemente manipulado pelo fornecedor, através da mídia.
Nessa corrida pelo consumo, o indivíduo precisa de cada vez mais poder
aquisitivo, e isso significa mais trabalho, mais compromissos, mais
responsabilidades e menos tempo para pensar e decidir o que, por que e quando
consumir, tornando-se cada vez mais irracional enquanto consumidor. Podendo,
muitas vezes, chegar à depressão por não conseguir manter determinado padrão de
consumo, o que o fragiliza ainda mais diante do mercado.
Ocorre que além da perda de poder do
cidadão, o consumismo trouxe um grave problema, o excesso de dejetos
resultantes do consumo desenfreado. Em outras palavras, “LIXO”! Por “falta de
tempo”, pois trabalha muito para manter seus padrões de consumo, o indivíduo
não pensa na melhor forma de cuidar dos materiais que não lhe interessam mais,
depositando-os de forma inadequada no meio ambiente e causando graves danos à
natureza! Danos estes que retornam ao ser humano em forma de desequilíbrio. Um
antigo ditado oriental já ensinava: “O seu lixo sempre volta à sua porta, cabe
a você escolher a cara dele!”! Assim como também ditava Antoine Laurent
Lavoisier, inspirado em pensadores que o antecedeu: na natureza nada se cria,
nada se perde e tudo deve ser transformado. Mas parece que a humanidade ainda
não entendeu conceitos básicos e necessários para manter equilíbrio e a vida.
Nos últimos anos, com o fenômeno da globalização, houve um grande aumento na
oferta de crédito, principalmente para as classes menos abastadas. Isso
ocasionou aumento do poder de consumo entre os mais pobres. O que não quer
dizer que hoje tenhamos menos indivíduos em situação de pobreza do que antes da
globalização, mas sim, que muitos povos pobres foram inseridos no mercado,
através do crédito, tornando-os, além de pobres, endividados. O fato é que, o
aumento do poder aquisitivo das classes menos abastadas teve reflexo direto no
aumento da produção de lixo e na destinação inadequada.
O problema da produção de lixo está
estreitamente relacionado ao consumismo, agravado pela explosão demográfica,
males que precisam ser sanados urgentemente pelo ser humano, sob pena de
levá-lo à degradação. Indivíduos, famílias, sociedades, governos, todos devem
contribuir para a solução do problema. Começando por cuidar cada um do seu
próprio lixo. Buscando: Repensar o que é de fato lixo; Reduzir, diminuindo o
consumo desnecessário; Reutilizar, evitando o desperdício de energia e dos
recursos naturais; e reciclar transformando a matéria que seria dispensada em
recurso renovável. Não podemos nos deixar consumir pelo consumismo do mercado,
pois afinal, nós estamos no topo dessa cadeia, somos consumidores!
Atividade 03
A)
Qual texto é Literário (conotativo) e qual é Não Literário (denotativo)?
Justifique sua resposta.
B)
Existe uma relação entre o Texto B e C? Por que?
C)
O gênero textual do Texto B e C é
diferente, mesmo sendo de gêneros diferentes, conseguem discutir sobre o mesmo
tema?
D)
Realize uma reflexão sobre a temática proposta nos dois textos e escreva um parágrafo
de no máximo 8 linhas, dissertando/ argumentando sobre o tema. Este parágrafo
será apresentado em uma página do FACEBOOK sobre o meio ambiente.
1º A - Link para enviar as respostas, postar em arquivo de texto,
imagem etc.
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